É inegável que depois da virada dos anos 2000, em diversas pesquisas ao redor do mundo, notou-se um aumento significativo no uso de antidepressivos. Isso não necessariamente é reflexo da infelicidade da população, mas um conjunto de fatores. A quebra de diversos tabus envolvendo doenças psicológicas, por exemplo, contribui para o maior número de diagnósticos e tratamentos.
Os números desse tipo de pesquisa se relacionam muito tenuamente com o limite entre o “ideal” e o “preocupante”. Por ex: problemas como depressão, transtorno de ansiedade, síndrome do pânico e etc, são problemas que existem há séculos no mundo, então é impossível erradicar o uso de remédios que combatam esses males. Mas o excesso de diagnósticos também evidencia que a qualidade de vida de determinado lugar mereça uma atenção maior, porque essas doenças podem ser desenvolvidas diante de situações extremas. Pobreza, desemprego, saúde, escolaridade.. São fatores intimamente ligados a realização pessoal, e que podem diminuir as taxas de consumo de antidepressivo quando resolvidos.
Uma recente pesquisa publicada pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, em português), chamada “Panorama Da Saúde 2015”, traz uma lista dos países que mais fazem uso de antidepressivos entre os considerados “desenvolvidos”. Os Estados Unidos não participaram da pesquisa.
O gráfico acima, publicado pelo The Independent, traz os 12 países que lideram a lista. A cada 1000 residentes da Islândia, por exemplo, 118 fazem uso regular de remédios antidepressivos. A lista também traz países como Reino Unido, Suécia, Bélgica e Espanha.
A análise desse gráfico, especificamente, deve representar os sistemas de saúde dos países mencionados. Como já dito previamente, esses são os países desenvolvidos, onde os planos de saúde costumam funcionar mais adequadamente. Em países onde o diagnóstico e o tratamento são mais acessíveis e facilitados, o uso de medicação vai ser maior, mas isso não significa que o lugar não é saudável para se viver.