Com chance clara de polêmica, um novo estudo defende ter achado uma ligação entre barbas e misoginia.
O estudo, publicado no Archives of Sexual Behaviour (Arquivo de Comportamento Sexual), perguntou a 532 homens americanos e indianos em o quanto eles concordavam com certas afirmações sobre mulheres, considerado junto a seu estado facial. A pesquisa foi desenvolvida online, através de do levantamento estatístico de dados do Amzon Mechanical Turk.
Depois de considerar fatores como nacionalidade, idade, nível de escolaridade, estado civil e orientação sexual, os pesquisadores afirmaram que os homens com pêlos faciais eram mais propensos a manter crenças sexistas e atitudes misoginas.
Eles concluíram que 86% de homens indianos, e 65% dos americanos, que possuíam barbas, entrevistados mantinham atitudes hostis e sexistas – muito mais do que seus amigos sem barba.
Dentre as afirmações sexistas com as quais esses homens concordaram, estava, por exemplo: “assim que a mulher arruma um homem que se comprometido, ela logo tenta colocar uma ‘coleira apertada’ nele”, ou “mulheres querem conquistar poder através do controle dos homens”.
O estudo também evidenciou um “sexismo benevolente”. Os pesquisadores definiram essa atitude, (que sugere a enorme diferença de imposição de gênero entre homens e mulheres) sendo aqueles momentos em que os homens tomam para si um papel paternal ou protetor sobre as mulheres. Essa conclusão mantinha afirmações como: “as mulheres deviam ser valorizadas e protegidas pelos homens”, com as quais esses “sexistas benevolentes” concordaram. Além das afirmações, eles concordavam que o homem devia abrir a porta ou pagar pelo jantar, por exemplo.
O estudo propôs que homens que já possuíam crenças sexistas deixavam suas barbas crescerem para reafirmar sua masculinidade e reforças os ideias de dominação. No entanto, eles também sugeriram que a barba pode “forçar” os homens a se comportar de acordo com as percepções culturais de noção da masculinidade.
No entanto, vale lembrar que se você acha errado julgar alguém pelo gênero; provavelmente, julgar alguém pela presença ou não de barba seja errado também.