Em 1922, cientistas encontraram, no Egito, os restos mortais de Tutancâmon, que acredita-se ter sido um faraó egípcio. Mas o que lá na década de 20 não se sabia ainda, era que, na verdade, o local onde Tutancâmon foi encontrado talvez não fosse sua própria tumba.
História
Nefertiti foi uma rainha da XVIII dinastia do Antigo Egito, principal esposa do faraó Amenófis – mais conhecido como Aquenáton. Nasceu em 1380 a.C e morreu em 1345 a.C.
A linhagem familiar de Nefertiti é um mistério ainda hoje. Algumas teorias apontam que, na verdade, ela era uma princesa do Império Mitanni (Império que exitiu onde hoje é a Turquia), e que foi oferecida ao rei Amenófis (pai de Aquenáton), junto a outras 300 moças, como gesto de amizade entre os Impérios. Seu nome “Nefertiti” significa “a mais Bela chegou”, o que reforça as teorias de que ela era estrangeira no Egito. Com o tempo, ela teria adotado o nome e cultura egípcias.
Nefertiti foi importante na história e acredita-se que ela tenha governado o Egito por dois anos, após a morte de seu marido. Mas muitas coisas seguem um mistério, inclusive sua morte.
Até hoje, sua múmia não foi encontrada e a ideia de que ela não exista é bastante refutada entre especialistas. Ao longo dos anos, nunca houve unanimidade entre os arqueólogos sobre Nefertiti.
Sua Tumba
A tumba de Nefertiti é um grande mistério, mas, recentemente, tem ganhado força a teoria de que ela esteja em uma câmara secreta junto a tumba de Tutancâmon.
A tumba do jovem rei (acredita-se que ele tenha morrido aos 19 anos) e, alegadamente, enteado de Nefertiti, foi a mais preservada já descoberta no Egito – cerca de 2 mil objetos foram encontrados dentro dela. Seu modelo, entretanto, sempre intrigou os cientistas. A tumba era pequena demais, considerando as já encontradas, o que propôs a ideia de que ela havia sido criada para uma rainha, não um rei.
A teoria ganhou força depois que especialistas em arte e preservação espanhóis foram contratados para criar uma cópia da tumba. Os especialistas escanearam os detalhes da tumba de Tutancâmon e o britânico Nicholas Reeves teve acesso as imagens. Reeves então começou a acreditar que haviam duas câmaras secretas no interior da tumba, numa das quais Nefertiti pode ter sido enterrada em segredo.
Os doze macacos
Segundo Reeves, existiria uma câmara lateral escondida que estaria abaixo da parede oeste da câmara mortuária de Tutancâmon, e outra área de extensão na área do muro norte. A primeira estaria camuflada sob o mural conhecido como os doze macacos e seria uma câmara de armazenamento, enquanto o segundo corredor seria a que conduziria à câmara funerária. Assim, a tumba de Tutancâmon seria um aditivo ao túmulo da lendária rainha Nefertiti.
Em visita ao túmulo, ele reafirmou ainda mais em sua teoria e só espera que a termografia por infravermelhos lhe confirme estar diante do túmulo da misteriosa Nefertiti. Uma tecnologia que também é utilizada em quatro pirâmides das necrópoles de Dashur e Giza, a fim de encontrar mais informações e novas perspectivas sobre a sua construção.