O surto de casos de microcefalia em Pernambuco tem deixado todos alerta. Há semanas, cientistas vem trabalhando sobre a hipótese da relação entre o surto e o vírus zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Agora o Ministério da Saúde confirma a relação.
Após análise feita em amostras de sangue e tecido de um bebê nascido no Ceará, o Instituto Evandro Chagas confirmou a presença do zika vírus. Segundo o Instituto, o bebê apresentava, além da microcefalia, outras malformações congênitas, e veio a falecer.
“Essa é uma situação inédita na pesquisa científica mundial. As investigações sobre o tema devem continuar para esclarecer questões como a transmissão desse agente, a sua atuação no organismo humano, a infecção do feto e período de maior vulnerabilidade para a gestante. Em análise inicial, o risco está associado aos primeiros três meses de gravidez“, informou Ministério da Saúde, por meio de nota à imprensa.
Na Polinésia Francesa, autoridades ainda pesquisam a relação entre o zika vírus e casos de má-formação cerebral em fetos e recém-nascidos. A região foi afetado por uma epidemia do vírus entre 2013 e 2014.
Além da microcefalia, também foi comprovada a relação entre o zika vírus e a síndrome de Guillain-Barré. Em 2014, nove casos dessa doença foram confirmados em Pernambuco. Esse número já chega a 130 em 2015. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é a responsável pela pesquisa.
A síndrome de Guillain-Barré é uma doença autoimune que leva o sistema imunológico a atacar o sistema nervoso por engano. Isso pode levar a inflamação dos nervos e provocar fraqueza muscular.
fonte: BBC Brasil