Ao contrário do que se acredita popularmente, psicopatas podem ser angelicais ou diabólicos – ou os dois – dependendo de suas disposições. Em geral, eles são criativos, impulsivos, rebeldes, flexíveis emocionalmente e frequentemente bem sucedidos e produtivos. Também podem ser causadores de problemas, dramáticos e muito egoístas, as vezes.
A questão que devemos nos fazer agora é: eu sou um psicopata? Você bem poderia ser, e, apesar de precisar da opinião de um profissional da psiquiatria, ou duas para ter certeza, existem alguns testes gerais e básicos que você pode fazer para ter uma ideia. Em um novo vídeo do canal Big Think, no youtube, o renomado psicólogo Kevin Dutton, da Universidade de Oxford, listou o que acredita ser partes constituintes de um psicopata. E tudo gira em torno de uma pergunta:
Imagine um trem desgovernado. Imagine que no caminho desse trem existem cinco pessoas amarradas e, por isso, condenadas a morte. Agora, felizmente, você pode salvar essas cinco pessoas desviando o curso do trem. Mas, infelizmente, isso significaria condenar uma pessoa que esta presa no outro trilho. Ou seja, você é capaz de salvar cinco pessoas, as custas de uma. Você mudaria o curso do trem?
Em contraste a essa situação, Dutton propõe um outro caso: a situação é a mesma, mas ao invés de apenas mudar o curso do trem, dessa vez, para salvar as cinco pessoas você precisaria empurrar, com suas próprias mãos, uma pessoa na direção do trem. Nesse caso, é certo que o corpo seria capaz de parar o trem ao travar suas engrenagens.
Você empurraria essa pessoa?
Enquanto o primeiro caso traz um dilema impessoal; o segundo, por sua vez, nos coloca no lugar de ator da morte. Ou seja, para salvar 5 pessoas nós precisaríamos matar uma com nossas próprias mãos.
Segundo Dutton, psicopatas, assim como a maior parte da população, não tem problemas em decidir o que fazer no primeiro caso: eles trocam o curso do trem, matam uma pessoa e salvam 5. É uma decisão racional. A grande questão é que psicopatas também não enfrentariam grandes dificuldades em decidir o que fazer no caso dois, optando pela morte de uma pessoa para salvar 5, mesmo que isso significasse matar com as próprias mãos.
O vídeo explica ainda outras questões, por exemplo a existência de psicopatas homicidas e não homicidas, além da explicação química para toda a situação.