Você já deve ter se dado conta em algum momento que, em situações normais, o ser humano não precisa se lembrar de respirar. Temos no nosso sistema nervoso um mecanismo que toma conta dessa grande responsabilidade para nós. Quem sofre da Síndrome de Ondine – ou síndrome da hipoventilação central congênita – tem justamente esse mecanismo afetado.
Pessoas com essa condição, que é rara, normalmente apresentam uma respiração extremamente leve, que prejudica a chegada do oxigênio ao cérebro. Em um organismo livre da síndrome, quando o cérebro recebe pouco oxigênio, ele envia diversos impulsos que nos fazem respirar regularmente, mas isso não acontece com as vítimas dessa síndrome. Em especial no sono, quem sofre da síndrome de ondine corre sempre risco de vida, devido aos altos níveis de dióxido de carbono no organismo.
Dados recentes apontam que apenas uma em cada 20 milhões de pessoas sofre da síndrome. A condição é provocada por uma mutação genética e não tem cura, mas, felizmente, tem tratamento eficaz.
Existem respiradores mecânicos que são administrados de acordo com a gravidade. Algumas pessoas usam apenas para dormir, outras precisam fazer uso do mecanismo o tempo todo. Esse aparelho é conhecido como BiPAP ou CPAP. Em casos mais graves, intervenções cirúrgicas são recomendadas.