Eis aqui um game over para antigos preconceitos contra os videogames, com mais e mais pessoas aceitando o caráter artístico, inspirador e – se nos permite dizer – até mesmo transformador desse passatempo. Agora, para romper ainda mais com a ideia de que jogos são uma experiência infrutífera, um novo artigo na revista Computers in Human Behavior argumenta que os games podem fornecer às pessoas a mudança de percepção que elas precisam para ajudá-los a sair da depressão.
O estudo reuniu 160 alunos com depressão leve e os estimulou com jogos especificamente concebidos para “treino do cérebro”, todos baseados em tarefas neurofisiológicas que demonstraram melhorar o controle cognitivo entre as pessoas que sofrem de depressão.
Usando dicas linguísticas ao longo do jogo, eles sutilmente “implantam” mensagens para o jogador que denotam maneiras de como sua depressão poderia ser vista – quer como um fenômeno biológico interno ou algo externo e social, como uma má experiência de vida.
Os autores acreditam que os exercícios de treinamento do cérebro que foram criados para retratar a depressão como algo interno deu aos jogadores mais autonomia sobre a sua depressão, fazendo-os sentir que poderiam fazer algo para controlar o problema.
Este tipo de pesquisa está muito em seu início, e o estudo só serve como base. Este estudo, em particular, foi bastante limitado em seu escopo, uma vez que não procurava ver se havia algum benefício testável para os participantes.
No entanto, é uma ideia fascinante. Numerosos outros estudos têm apontado na mesma direção que este artigo, indicando que os video games possuem uma enorme quantidade de potencial para o bem-estar, saúde mental e capacidade cognitiva na velhice. Mais pesquisas precisam ser feitas, mas esta forma crescente de mídia, sem dúvida, tem muito a oferecer.
fonte: iflscience