A história é longa e complicada. Aos 46 anos, depois de 23 anos de casamento e 7 filhos, Stefonknee Wolschtt chegou ao seu limite. Reconhecidamente transgênero, se viu diante de uma imposição de sua esposa: “deixe de ser trans, ou saia”.
Nas palavras de Stefonknee, “deixar de ser transexual não era uma opção, isso não é algo que eu possa fazer. Seria o mesmo que me pedir: deixe de medir 1,82 cm ou saia de casa.”. Diante disso, ela decidiu ir embora.
A vida de Stefonknee não foi fácil. Durante o período mais crítico, Wolschtt chegou a tentar suicídio e ficou internada um mês após participar da primeira marcha transexual de Toronto, 2009. Após receber alta, foi acusado de assédio e violência doméstica por sua esposa, e recebeu uma ordem de restrição. Três anos depois, em 2012, sua filha mais velha se casou e a convidou, mas com a condição: que se vestisse como homem, sentasse na última fileira e não falasse com ninguém da família. No dia do casamento, Stefonknee tentou suicídio pela última vez.
A parte intrigante da história é que Wolschtt não assumiu a identidade de uma mulher de 46 anos, mas sim a de uma menina. Em suas palavras, ela não quer ser um adulto agora. Adotada por um casal de idosos, atualmente ela recebe apoio da Igreja da Comunidade Metropolitana de Toronto, uma congregação composta principalmente por pessoas LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgênero).
Stefonknee fala de sua história com detalhes, em entrevista ao Daily -Xtra: