Recentemente, cientistas saíram a caça de aranhas da espécie teia-de-funil. A busca foi bem sucedida, eles conseguiram capturar três delas. De volta ao laboratório, estudos revelaram uma coisa interessante. O veneno desses animais, que é mortal, traz um benefício impressionante à saúde do ser humano.
O veneno, em geral, é algo ruim. Seu desenvolvimento evolucional aconteceu com uma única meta: matar. O veneno existe para matar. Mas ao mesmo tempo, o veneno é bom. Ele é um coquetel de proteínas e peptídeos que atinge precisamente determinadas moléculas das vítimas. Uma vez que atinge a corrente sanguínea, ele age rápido para uma ou mais, dependendo do veneno, das seguintes finalidades: afinar o sangue, bloquear as mensagens entre o sistema nervoso e os músculos e/ou algum outro efeito terrível que não é bom para a vítima.
No entanto, se você pensar no veneno de forma mais objetiva, há um número de peptídeos e enzimas em sua composição que podem ser cientificamente extraídos e usados para o bem! Os cientistas esperam isolar os peptídeos em toxinas animais, sintetizá-los e modificá-los para tratar doenças sem efeitos colaterais letais, transformando o veneno de uma arma em medicina.
Voltando nossa atenção para as aranhas teia-de-funil, cientistas descobriram um peptídio conhecido como Hi1a que se revelou uma arma promissora no combate a sequelas de derrames. O teste foi feito em ratos, mas surpreendeu! A substância não só diminuiu os danos cognitivos, como também reduziram a área de tecido danificado no cérebro. Ainda são precisos novos testes para provar se o componente pode ou não ser usado em humanos, mas o clima geral é de otimismo.
O estudo vem sendo conduzido nos Estados Unidos, onde o AVC é a quinta maior causa de morte. No Brasil, derrames são a segunda maior causa de morte.
fonte: seeker