Em outubro de 2015, a Suécia implantou, em regime de teste, um novo modelo trabalhista que limitava a jornada de trabalho a 6 horas diárias, totalizando 30 horas semanais. O antigo regime previa 8 horas diárias, e 40 horas semanais. O principal argumento da mudança era de que trabalhando menos, os trabalhadores produziriam mais porque teriam mais qualidade de vida.
Exigir mais produção do trabalhador ao mesmo tempo que diminui sua permanência no serviço talvez pareça contraditório, mas a Suécia parece estar conseguindo fazer dar certo. Como estudo piloto, o governo implantou as novas regras em uma casa de repouso durante um ano, e a equipe de enfermeiros apresentou mais auto-estima, energia e disposição no trabalho o que, consequentemente, aumentou a produtividade. Superando as expectativas, esses enfermeiros e enfermeiras também tiveram menos casos de doença.
Ainda na Suécia, um selo da Toyota também vem implantando a nova jornada de trabalho há mais de uma década, e os resultados se mostram igualmente positivos.
Na contramão do país escandinavo, o Brasil figura um dos piores postos em índices de satisfação no trabalho, além de também possuir algumas das maiores jornadas de trabalho. Apesar de termos oficialmente 8 horas máximas de trabalho diário, é comum trabalhadores vender “horas-extras” a fim de aumentar seus rendimentos no fim do mês.
[Bloomerang]