Para entender a história, precisamos voltar um pouco no tempo. Até fevereiro, mais precisamente, quando o Hitomi foi enviado ao espaço para estudar buracos negros.
Em fevereiro, a agência espacial japonesa JAXA lançou ao espaço o satélite X ASTRO H, popularmente apelidado de Hitomi – “olho”, em japonês – com a intenção de captar imagens e tornar possível o estudo de buracos negros. No entanto, no fim de março, a agência perdeu contato com o satélite e vinha fazendo esforços para recupera-lo desde então.
A missão do Hitomi era observar raios-x providos de buracos negros além de conjuntos de galáxias. O aparelho foi desenvolvido em conjunto de 70 instituições japonesas e as agências espaciais americana, NASA, e européia, ESA. Media 14 metros de comprimento, 9 de largura e beirava as 2 toneladas – 1,7. A tecnologia presente no satélite era impressionante: contava com 200 espelhos capazes de recolher e concentrar raios-x, que os direcionavam à equipamentos como telescópios e detetores de raios-x.
O projeto custou cerca de 300 milhões de dólares e foi desenvolvido na intenção de possibilitar respostas para perguntas nunca antes respondidas sobre assuntos como: o surgimento do universo, leis da física em situações extremas, formação de galáxias e buracos negros ou sua expansão e etc.
As causas do incidente não foram de fato descobertas, mas acredita-se que, durante o trajeto, as placas solares responsáveis por gerar energia ao satélite se separaram, resultando na perda de contato com a base.
Veja o momento que o satélite foi lançado:
[olhardigital]