Nascido em um dos centros de detenção da ditadura argentina, esse homem reencontrou sua mãe, 39 anos após ter sequestrado pelo regime.
Mario Bravo nasceu sob domínio ditatorial. Sua mãe estava detida quando deu a luz, e, em 1976, Bravo foi sequestrado. Os dois nunca mais se viram.
O encontro foi possível graças a Conadi (Comissão Nacional pelo Direito a Identidade), por intermédio da Organização não Governamental das Avós da Praça de Maio. Criado por outra família, na província de Santa Fé, Mario sempre questionou sua própria identidade, e por isso forneceu sua informação genética a Comissão; sua mãe biológica também forneceu suas informações. Foi questão de tempo.
A ditadura na Argentina durou de 1976 à 1983, no período milhares de argentinos foram sequestrados. Desse número, até hoje, alguns seguem sem paradeiro conhecido. Cerca de 30 mil pessoas foram mortas nesse período.
“O que aconteceu é muito ruim, muito feio, mas é isso. Já passou, é passado. E agora foi algo muito bonito. Eu agradeço a Deus por ter encontrado a minha mãe viva, isso é um milagre”, declarou Mario após o encontro.