Se você perguntar a alguém o que essa pessoa acha sobre gatos, é possível que te responderão que os gatos são interesseiros. Graças ao comportamento distante e a tendência de colocar coisas mortas nos sapatos dos donos, fãs de cães costumam ter dificuldade em entender porque as pessoas gostam de gatos. Como Terry Pratchett escreveu certa vez: “Antigamente os gatos eram adorados como deuses; Eles não se esqueceram disso. “
No entanto, pesquisas mais rigorosas revelam uma verdade inesperada e desconfortável. Talvez os gatos não estejam apenas interessados em perfumes, brinquedos, guloseimas, ou até mesmo sua comida, mas sim na companhia de seres humanos.
Estes foram os resultados de um novo artigo publicado na revista Behavioral Processes por pesquisadores da Oregon State University e Monmouth University. Eles reuniram 50 gatos adultos – dos quais metade eram animais de estimação e metade eram gatos de abrigo – em seguida, colocaram-nos em um quarto calmo e familiar por 2 horas e meia, privando-os de comida e atenção social. Depois desse tempo, os gatos tiveram livre acesso a um ambiente com comida, cheiros atrativos, brinquedos e humanos.
Acredite se quiser, a maioria dos animais procuraram o contato humano e desprezaram todos os outros estímulos, inclusive a comida. Dezenove dos gatos passaram a maior parte do tempo socializando; 14 gatos foram com a comida; quatro gatos passaram seu tempo com os estímulos de brinquedo, e apenas um gato passou a maior parte do tempo com o estímulo de perfume. Os outros gatos não foram registrados porque se mostraram muito estressados após o período de confinamento.
Os resultados apontam para o fato de que gatos, mesmo com diferentes raças e características, tem personalidades próprias e não são todos tão “individualistas” como se pensa no senso comum. A pesquisa ainda deverá ser útil no processo de fabricação de itens especiais para gatos, uma vez que potencialmente mostra a preferência dos felinos.
fonte: iflscience