Talvez você já tenha se perguntado por que diferentes idiomas são falados em diferentes partes do mundo. Para aqueles de fé cristã, tudo remonta ao caso da Torre de Babel. Essa corrente explicativa nunca foi de fato provada, na verdade. Mas, ao analisar línguas raiz, é consenso entre linguistas de que muitas delas tem similaridades fundamentais, que apontam para uma origem comum – como grego, latim ou o sânscrito, por exemplo.
Se, no passado, poucos idiomas deram origem a uma infinidade de outros; agora, o processo que vivemos parece apontar para o caminho oposto. Não são poucos os linguistas que apontam para uma iminente perda considerável de diversidade linguística nos próximos anos. Com processos sociais, como a globalização, é provável que cada vez mais jovens aprendam segundas e terceiras línguas, além de seu idioma materno.
Esse fenômeno não significa diretamente que idiomas serão abandonados, mas é um indício de que possivelmente, num futuro próximo, seremos capazes de nos comunicar livremente a partir de um idioma comum.
A possibilidade de um idioma global também levanta uma questão: será que, se falássemos um mesmo idioma, poderíamos reduzir as tensões entre as nações? Analisando fatos históricos, no entanto, somos desencorajados a acreditar que sim. Afinal, muitos dos conflitos mais brutais da história foram travados entre povos de uma mesma nação, portanto, falantes de um mesmo idioma.
Outra questão que se coloca diante daqueles que tentam pensar nessa possibilidade é: qual seria o idioma global? Para muitos, ele já existe e é inglês. Mas muitos refutam essa ideia, com o argumento, por exemplo, de que o inglês não é o idioma com maior número de falantes no mundo.
No fim das contas, apesar de a globalização ter um peso importante, é importante notar que o idioma falado por um povo não é apenas um meio de comunicação. Nele, ficam registradas histórias, culturas e o sentimento de pertencimento. Por isso, é pouco provável que um dia apenas um idioma fosse falado no mundo.
fonte: supercurioso