Se pararmos para pensar, independente do lugar no mundo, temos sempre um modelo pronto: estudamos, as vezes vamos para a Universidade, ou não, mas sempre terminamos arrumando um emprego e a partir daí… se temos filhos, eles acabam entrando neste mesmo ciclo. Um ciclo sem fim.
O problema desse ciclo é que, em geral, ele sufoca paixões e interesses pessoais. De certa forma, acaba enrijecendo e padronizando as pessoas, que, por falta de tempo, ou dinheiro, acaba se conformando com aquele modelo de vida.
O curta Alike questiona exatamente isso de forma emocionante e muito delicada. Nele acompanhamos o processo de enrijecimento de um menininho, cujo pai trabalha em um escritório comum e acredita que, para que ele tenha chance na vida, deve entrar para o padrão o mais rápido possível.
O filme, de Daniel Martínez Lara & Rafa Cano Méndez, é comovente. E, para nossa própria esperança, termina com um final feliz mesmo em meio a uma realidade triste caótica.