Quem não sente aquela vontade de dar um beijo ao ver uma criança muito fofa? E se esta criança for seu filho, provavelmente você fará isso muitas vezes ao longo do dia, o que é muito positivo, pois aumenta os laços familiares.
Porém especialistas em comportamento infantil, dão parecer ao hábito comum em muitas famílias, onde os pais beijam as crianças na boca, com os famosos “selinhos”, que é a pratica de tocar os lábios brevemente.
E essa polêmica virou uma grande discussão na internet, depois que o jogador de futebol americano Tom Brady que também é famoso por ser marido da top model Gisele Bündchen apareceu no documentário que conta sua trajetória profissional, dando um beijinho na boca de seu filho mais velho.
Várias internautas se manifestaram a cerca da demonstração de carinho do pai com o filho, porém as opiniões ficaram divididas, muitos se identificando com a atitude, mas também houve quem criticasse, acreditando que esse tipo de intimidade não é ideal para a relação com os filhos.
Mas segundo especialistas, por mais que para várias famílias isso seja apenas a forma de se comunicar e demonstrar afeição, a pratica não é ideal para criar os filhos. Para os psicólogos e analistas, o beijo na boca, é uma espécie de relação erótica e só deveria ser praticada por casais.
Eles salientam que a sexualidade humana se apresenta no indivíduo desde muito cedo e que isso pode causar confusão na formação da criança. Além disso, outros problemas relacionados à conduta poderiam começar a aparecer, como por exemplo, a criança achar que isso é comum e querer reproduzir com pessoas de fora da família, o que pode ser muito perigoso em muitos aspectos.
Segundo Renata Bento, psicóloga e membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro, a melhor maneira de conduzir a relação com os filhos, é optar pelo dialogo, e manter demonstração de amor e carinho mais adequadas à relação pais e filhos.
Os especialistas também recomendam que se a criança questionar sobre os beijos entre os pais deve-se explicar que isso é um ato apenas para adultos e casais, e que crianças não namoram, evitando assim “adultizar” os pequenos.