Por mais leigo que você seja quando o assunto é islamismo, é bem provável que você já tenha escutado alguma vez que a religião rejeita a existência de Jesus (ou Deus). Bom, é até compreensível a nossa ignorância, já que somos criados dentro da cultura ocidental, na qual o islamismo não é tão naturalizado. Fora que, se fosse pela lógica, se os fiéis do islamismo acreditassem em Cristo, isso faria deles cristão, né?
O fato é que Jesus aparece sim, várias vezes, no livro sagrado do Islã, o Alcorão. A diferença é que o livro não classifica Jesus como filho do Deus, mas sim um profeta, como qualquer outro, escolhido pelo cara lá de cima. Além de Cristo, o Alcorão cita ainda Adão, Abraão, Noé, Davi, Moisés e João Batista, por exemplo – velhos conhecidos cristãos. Maomé é apenas o último a integrar a lista de profetas, mas carrega vinculado ao seu nome muito protagonismo na religião.
Jesus, no alcorão, é chamado Isa, seu nome em Árabe. Isa, por sua vez, não Deus (Allah), nem filho dele; no entanto, o alcorão descreve diversos milagres operados por Isa (Jesus), como a cura de um cego de nascença, ressurreição de mortos e ter sido capaz de falar ainda recém-nascido.
Maria – pasme você – tem um capítulo inteiro só para ela no Alcorão e o nascimento de Jesus/Isa de uma mulher virgem é considerado um imenso milagre no Islamismo. Se ainda não viu semelhanças o suficiente, segura essa: no Juízo Final, será Jesus/Isa que voltará para combater Masih ad-Dajjal, o que seria para nós o “anticristo“.
fonte: islamreligion