Um novo estudo sobre as conexões cerebrais de adolescentes com uma nova desordem, chamada Internet Gaming Disorder (IGD), revelou uma série de padrões irregulares, sugerindo que seus cérebros podem ser ligados de forma diferente daqueles que não sofrem de IGD. Essas conexões podem afetar as funções cognitivas desses adolescentes, de formas positivas e negativas.
De acordo com a Associação Americana Psiquiatria, IGD é um “novo fenômeno” que surgiu como resultado da recente expansão da tecnologia de jogos online. Os que sofrem desse disturbio em geral experimentam sintomas de abstinência quando afastado dos jogos, devido ao fato de que o jogo compulsivo faz com que certas veias em seus cérebros disparem da mesma forma intensa e direta que o cérebro de um viciado em drogas é afetado por determinada substância.
Para saber mais sobre esses “disparos”, pesquisadores de Utah e da Universidade de Chung-Ang compararam a atividade neurológica de 78 adolescentes com IGD e 73 adolescentes que não apresentam essa condição. Todos os participantes eram sul-coreanos e com idade entre 10 e 19 anos.
A equipe usou imagens de ressonância magnética para observar a conectividade entre 25 regiões diferentes do cérebro enquanto os sujeitos estavam em repouso. Os resultados indicaram que os pacientes com IGD apresentam aumento de conectividade entre sete pares de regiões, sugerindo uma série de implicações potenciais para a função cognitiva.
Em um comunicado, o co-autor Jeffrey S. Anderson explicou que a “hiperconectividade entre essas redes cerebrais poderia levar a uma capacidade mais robusta para dirigir a atenção em direção à metas, e reconhecer novas informações no ambiente.” Isso melhora a performance dos jogadores durante o jogo, embora o mais importante é que isso também pode melhorar a capacidade de executar tarefas do mundo real.
Crucialmente, os autores do estudo insistem que ainda não está claro se essas alterações são causadas como resultado de jogo excessivo, ou se é devido a condições que esses indivíduos se tornam mais suscetíveis a sofrer de IGD. Este tipo de estudo obse04rvacional não permite essa distinção.