Já imaginou se a cada conquista sua (aprovação na faculdade por ex), sua família tatuasse uma marca no seu rosto? Era mais ou menos assim que funcionava. Mas vamos aos poucos.
Os Maori viveram na Nova Zelândia e tinham esse peculiar rito de passagem e demarcação social. Em geral, apenas homens possuíam todo o rosto marcado, no entanto, algumas mulheres de prestígio social também conseguiam o feito. Sabe as medalhas que oficiais do exército recebem no peito para indicar o número de guerras batalhadas e outros eventos? Essa também era uma função das tatuagens moko. Outro fator que também fascina historiadores até hoje é que cada tatuagem era única, passada de geração em geração, e dava informações relevantes como tribo, linhagem, ocupação e etc. Apesar de ter sido um fator cultural, os mokos eram caros, e nem todo mundo conseguia pagar, apenas chefes ou membros de alto prestígio.
A conservação das cabeças também impressiona. Ao morrer, um guerreiro mokomokai teria sua cabeça decepada e preservada. O proecesso começava pela remoção dos olhos e cérebro e cobrimento dos orifícios do crânio. Então, a cabeça seria cozida a vapor, defumada e deixada ao sol por dias. Por fim, a cabeça era hidratada com óleo de tubarão. Os mokomokai preservavam suas cabeças porque eram consideradas seu bem mais valioso.
Na Europa, durante os séculos 18 e 19, colecionar cabeças mokomokai se tornou um hábito entre os mais influentes. Horatio Gordon Robley detém atenção até hoje por ter sido um grande “colecionador” de cabeças.