Na última segunda-feira, dia 7, as autoridades de Pequim, na China, emitiram um alerta vermelho sobre a poluição atmosférica. Simplificando, o ar na região é tóxico. Para combater o problema, o governo emitiu restrições. Desde a manhã de ontem, dia 8, escolas foram obrigadas a fechar, carros só poderão trafegar em dias alternados e fogos de artifício e churrasco de rua estão proibidos. Vale lembrar que o churrasco, ou carne grelhada, é um item importante na cultura do país e os carrinhos desse tipo de alimento na rua eram abundantes. Fora isso, os carros governamentais serão reduzidos em 30%.
Acontece que não importa por quanto tempo essas medidas permaneçam, situação não vai mudar, porque a principal causa do problema é a concentração industrial. Para se ter ideia, os chineses só conseguem ver o céu claro quando o governo obriga as fábricas a fecharem suas portas – o que só acontece em momentos específicos, como encontros internacionais, ou eventos comemorativos.
Os chineses já se adaptaram a andar nas ruas com máscaras, mas um dado levantado pelo grupo de pesquisa Berkeley Earth é de assustar: segundo a pesquisa, cerca de 4 mil pessoas morrem na China por dia devido a poluição.
Devido as mudanças climáticas, EUA e China, que são os maiores emissores de carbono do mundo, tem se comprometido a mudar. Mas, no caso da China, as mudanças devem ser feitas urgentemente.
Essa não é a primeira vez. No fim de novembro, o país emitiu um alerta laranja (abaixo apenas do alerta vermelho), devido ao nível, 40 vezes superior do que o limite recomendado pela OMS, de uma partícula chamada PM 2,5 que se estendeu sobre o território. Apenas no dia 1 de dezembro, fortes ventos conseguiram dissipa-la.
Por que é difícil?
Porque, infelizmente, a economia ainda dita a vida social. A China tem surpreendido a todo mundo, nos últimos anos, com seus altos índices de desenvolvimento econômico. Muito desse constante crescimento se deve as fábricas, concentradas especialmente no norte do país. Sendo as fábricas o principal fator de crescimento, podemos esperar uma lentidão na tomada de atitude por parte das autoridades japonesas. No entanto, o alerta vermelho pode vir a acelerar as coisas.