Sabe quando você assiste todos aqueles filmes de espionagem e fica louco imaginando como o mundo seria se toda aquela tecnologia existisse? Então, estamos caminhando para esse mundo. Um time de Heriot-Watt University, Edinburgh, desenvolveu uma câmera capaz de registrar fótons individuais, que a permite rastrear objetos em movimento fora do campo de visão.
“O sistema funciona através do envio de luz da câmera em direção a pessoa ou objeto escondido e recebendo de volta”, explica Genevieve Gariepy, co-autora do artigo publicado na revista Nature Photonics, em comunicado. “Medindo o tempo que leva para a informação voltar para a câmera, sabemos o quão distante esta o objeto. Registrando as formas do laser ‘eco’, sabemos de onde o objeto esta vindo. A câmera leva apenas um segundo para registrar tudo isso: então, se o objeto esta se movendo, podemos segui-lo.”
Estudo anteriores mostraram que é possível identificar objetos escondidos, mas esses métodos demandam tempo para colher e decodificar toda a informação, o que limita a habilidade da câmera de monitorar o objeto em movimento. Essa nova técnica, no entanto, consegue receber informação suficiente em apenas um segundo para monitorar onde o objeto está, permitindo ao time que seja capaz de rastrear objetos escondidos enquanto se movem em tempo real.
A câmera usa um kit muito especializado capaz de registrar a posição de um fóton individual, ela registra surpreendentes 20 bilhões de quadros por segundo. Isso permite aos pesquisadores colocar a câmera próximo ao local que desejam monitorar, e em seguida usar um simples feixe de laser no chão. Isso produz um “eco” de fótons que se espalha ao redor do ponto em que o laser atinge o solo.
Os pesquisadores esperam que a tecnologia seja usada em áreas de desastre, quando ir em buscas no solo pode ser muito perigoso; ou mesmo em veículos, para ver depois da esquina. “Nós já ampliamos a distância que a câmera é capaz de funcionar, que já é equivalente a vários metros”, diz Daniele Faccio, que conduziu o estudo. “Também estamos focando em como poderíamos tentar a reconstrução 3D dos objetos capturados pela câmera”.
Mais detalhes no vídeo (em inglês):