Com apenas 22 anos, Hande Kader já era uma pessoa conhecida na Turquia, através de sua militância e envolvimento com lutas por direitos humanos no país. No último dia 12, no entanto, a jovem foi encontrada morta à beira de uma pista. Seu corpo estava mutilado, carbonizado e, após realização de exames, constatou-se também que Hande havia sido estuprada.
Hande foi vista pela última vez entrando no carro de um homem, o que, a princípio, não causa estranheza já que a jovem atuava como profissional do sexo. Depois disso, ela não foi mais vista até que seu corpo foi encontrado. Embora a polícia insista em alegar que o homicídio se trata de um caso passional e, portanto, isolado; a família da jovem defende que se trata de um caso de transfobia e que deve ser investigado a partir disso.
Em 2015, ela havia sido presa durante a Parada LGBT por ser ativista – o que não é permitido nas leis turcas. Sua morte aconteceu menos de duas semanas depois da morte do jovem refugiado gay sírio Muhammed Wisam Sankari, que teve sua cabeça arrancada.
Uma pesquisa recente realizada com cidadãos turcos revelam que para a sociedade turca a comunidade LGBT é “moralmente inaceitável”. Essa pesquisa, somada aos recentes casos, tem impulsionado cada vez mais manifestações no país pela defesa das vidas LGBT.
[NLUCON]